Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo. Estima-se que, no Brasil, cerca de 1 milhão de pessoas sejam portadoras da doença — muitas sem sequer saber.
O que é glaucoma?
O glaucoma é uma doença crônica e progressiva caracterizada pela lesão do nervo óptico, estrutura responsável por transmitir as imagens captadas pela retina até o cérebro. Quando não tratado, o glaucoma pode levar à perda definitiva da visão.
É uma doença multifatorial, ou seja, pode ter diversas causas associadas. No entanto, a elevação da pressão intraocular é um dos principais fatores de risco conhecidos.
O tipo mais comum no Brasil é o Glaucoma Primário de Ângulo Aberto — e é sobre ele que vamos nos concentrar.
Como ocorre o aumento da pressão intraocular?
No interior dos olhos é produzido um líquido chamado humor aquoso, que circula e é drenado continuamente. Quando há desequilíbrio entre a produção e a drenagem desse líquido, ele se acumula, provocando o aumento da pressão intraocular.
Qual é a pressão intraocular considerada normal?
A pressão intraocular é considerada normal quando está entre 10 e 21 mmHg. No entanto, a pressão ideal pode variar de pessoa para pessoa e deve ser determinada pelo oftalmologista, de acordo com o histórico e fatores individuais de cada paciente.
Quais são os sintomas do glaucoma?
O grande perigo do glaucoma é que 80% dos casos não apresentam sintomas nos estágios iniciais. A perda visual começa pela visão periférica, e o paciente só nota quando o campo visual já está bastante comprometido.
Nos estágios mais avançados, a visão central também é afetada, podendo evoluir para a cegueira total.
Como saber se tenho glaucoma?
A única forma de diagnosticar o glaucoma é por meio de uma consulta oftalmológica completa. Durante o exame, o oftalmologista irá avaliar a pressão intraocular e o fundo de olho. Se houver suspeita, exames complementares serão solicitados.
É recomendado fazer uma avaliação oftalmológica anual, mesmo sem sintomas. Em casos de suspeita ou diagnóstico confirmado, o retorno deve seguir a orientação médica.
Quem pode ter glaucoma?
Qualquer pessoa pode desenvolver glaucoma, mas existem fatores de risco que aumentam a chance:
- Idade acima de 40 anos (a incidência aumenta com a idade)
- Pressão intraocular elevada
- Miopia elevada
- Parentes de primeiro grau com glaucoma
- Pessoas negras (maior predisposição e início mais precoce)
- Uso prolongado de corticoides
- Doenças oculares prévias ou traumas nos olhos
Pressão alta e glaucoma são a mesma coisa?
Não. Apesar de o nome sugerir relação, a hipertensão arterial (pressão alta do corpo) e a pressão intraocular (relacionada ao glaucoma) são condições diferentes.
No entanto, estudos recentes mostram que quedas na pressão arterial durante o sono podem afetar a circulação do nervo óptico e contribuir para o avanço do glaucoma.
O glaucoma tem cura?
O glaucoma não tem cura, mas pode ser controlado com tratamento contínuo. Assim como a hipertensão arterial, quando diagnosticado precocemente e tratado corretamente, é possível evitar a perda visual.
Como é feito o tratamento do glaucoma?
Na maioria dos casos, o tratamento é feito com colírios de uso diário, que ajudam a reduzir a produção ou melhorar a drenagem do humor aquoso.
Em casos mais avançados, o oftalmologista pode indicar:
- Laser
- Cirurgia
- Tratamentos combinados, conforme a gravidade da doença
Ainda não há tratamentos disponíveis para regenerar o nervo óptico. Por isso, a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais.
Existem outros tipos de glaucoma?
Sim. Além do Glaucoma Primário de Ângulo Aberto, há outras formas da doença:
- Glaucoma de Ângulo Fechado: menos comum, mas grave. Requer atendimento emergencial. Os sintomas incluem dor intensa nos olhos, náusea e alterações súbitas na visão.
- Glaucoma Congênito: presente desde o nascimento.
- Glaucoma Juvenil: afeta crianças e adolescentes.
- Glaucoma de Pressão Normal: mesmo com pressão intraocular considerada normal, o nervo óptico sofre danos.
- Glaucomas Secundários: causados por traumas, inflamações, uso de medicamentos (como corticoides), pigmentos ou pseudoesfoliação.
Conclusão
O glaucoma é uma condição silenciosa e progressiva que pode ser devastadora quando não diagnosticada e tratada a tempo. Consulta regular com o oftalmologista é a melhor forma de prevenir a perda visual.
Na Neovisão Oftalmologia, contamos com tecnologia de ponta e equipe médica especializada para acompanhar, diagnosticar e tratar o glaucoma em todas as suas fases.
Não espere os sintomas aparecerem. Agende sua consulta com oftalmologista de sua confiança.
Sua visão é nossa missão.